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Congresso debate em SP segurança de jornalistas
- - The M. Redhead
"A morte do Tim foi o estopim para o nascimento da Abraji. Quando ele morreu, jornalistas do Rio, de São Paulo e até do exterior começaram a conversar e a trocar experiências", explicou o presidente da entidade, Marcelo Moreira, da TV Globo. "A gente está no alto do ranking em jornalistas assassinados em 2012. Isso é preocupante. A maior parte desses crimes não tem uma investigação adequada. A morte de um jornalista é um atentado à liberdade de expressão." Além de Tim, o congresso homenageará o jornalista Janio de Freitas, da Folha de S. Paulo, que completa 80 anos de vida e 59 de jornalismo.
De acordo com várias associações ligadas à defesa da imprensa, pelo menos quatro jornalistas foram mortos no Brasil, no primeiro semestre deste ano, por causa de suas atividades ligadas à informação - e outros dois por motivos ainda não apurados devidamente.
A oficina "Medidas de proteção para jornalistas em coberturas de conflito armado", marcada para hoje de manhã, vai tratar do tema. Além de Marcelo Moreira, Adriana Carranca, repórter do Estado; João Paulo Charleaux, da ONG Connectas; o inglês Rodney Pinder, do International News Safety Institute (INSI), e o americano Frank Smyth, da Global Journalist Security, serão os debatedores.
Palestras: A programação do congresso, que vai até sábado, prevê 90 mesas, debates e oficinas de treinamento. Além da questão da violência contra jornalistas, o evento terá palestras e workshops sobre jornalismo online, megaeventos esportivos, eleições e Lei de Acesso à Informação.
Na programação de hoje também estão previstas oficinas com o repórter Leonencio Nossa, da sucursal do Estado em Brasília, autor do livro Mata!, sobre a Guerrilha do Araguaia; do diretor da sucursal do Rio de Janeiro, Marcelo Beraba, e do colunista José Roberto de Toledo.
Entre os estrangeiros, o destaque é o jornalista americano David Carr, do The New York Times, responsável por uma coluna voltada para a mídia impressa, digital, vídeo, rádio e televisão. Ele e o jornalista Rosenthal Calmon Alves, diretor do Centro Knight para o Jornalismo nas Américas, participam da mesa Super Session: Page One, no encerramento do congresso, na tarde de sábado.
FONTE: Estadão - site
Veronica Guerin
- - The M. Redhead
Veronica Guerin nasceu em Dublin, dia 5 de Julho de 1958. Começou tardiamente a profissão de jornalista, depois dos 30 anos e se identificava com o jornalismo investigativo. Fez de sua carreira um exemplo de coragem, integridade e determinação, numa busca incessante pela verdade e justiça, pagando com a própria vida o preço da investigação a fundo que fez sobre a máfia e o tráfico de drogas em Dublin, durante a década de 1990. Denunciou também a ligação de um dos mais importantes mafiosos com o IRA, sofrendo um atentado e chegando a ser espancada por um dos maiores mafiosos da cidade.
Foi assassinada em 1996, causando revolta em toda a população da Irlanda, que foi às ruas em protestos e o confiscamento de bens dos barões do tráfico. Um ano após sua morte, os crimes caíram em torno de 15% na Irlanda.
Em 2003 foi lançado o filme baseado em sua história, "One More Day", dirigido por Joel Schumacher tendo Cate Blanchett como protagonista
"Be Not Afraid
Greater justice was her ideal and it was her ultimate achievement
Her courage and sacrifice saved many from the scourge of drugs and other crime.
Her death has not been in vain."
Memorial feito em sua homenagem
TRAILER - "O custo da Coragem"
Jornalismo no Cinema
- - The M. Redhead
De início, os filmes que abordavam temas sobre a esfera do jornalismo nunca tiveram tanto destaque quanto os de caubóis, os filmes policiais ou outros gêneros, mas ainda assim contribuíram para a história do cinema. Somente em 1930 com o ciclo de filmes realistas que possuíam diálogos fortes, é que atingiram seu ápice.
Mesmo com clichês, o gênero ganhou sua distinção graças a filmes como Citizen kane (1941), His Girl friday(1940), The Parallax View(1970) e All President's Men (1975).
Temos exemplo de filmes jornalísticos que se adaptaram bem a outros gêneros, como Musicais, Comédias dramáticas ou peças populares.
Cronologia
A Cronologia do Jornalismo no cinema começa com o primórdio Horsewhipping an Editor (1900), acompanhando o cinema mudo desde "The Power of the Press"(1909) até "Big News"(1929) sendo esse o primeiro filme sonoro a mostrar uma mulher repórter. O Cinema começa a falar em 1928, temos apartir disso filmes jornalisticos como "The Shady Lady" e "The Famous Fergunson case", atingindo o ápice nos anos 40 com filmes importantes como "Citizien Kane" e "Keeper of the flame".
Como importantes obras atuais que envolvem o mundo jornalístico temos filmes como "Deadline", "Cidade de Deus", "Veronica Guerin, O custo da coragem" e "Good night and good lucky".
E devido à minha paixão pelo Jornalismo e pelo cinema, separei alguns exemplos de filmes que julgo indispensáveis na lista de um futuro jornalista:
É provavelmente a primeira vez em que o jornalismo é citado no cinema. A história é sobre um Caubói que invade uma redação de jornal para punir o editor do órgão.
The Power of The Press (1928)
É um filme mudo dirigido por Frank Capra e estrelado por Douglas Fairbanks Jr como um aspirante a repórter de jornal e Ralston Jobyna como uma jovem suspeita de assassinato.
His Girl Friday (1940)
Eleita pelo American Film Institute como uma das 100 melhores comédias de todos os tempos (19ª posição).
Citizien Kane (1941)
obra-prima de Orson Welles, presente em todas as listas dos melhores filmes da história. e não é para menos, sua edição fragmentada e não linear, planos nada convencionais, além do roteiro perfeito, mudaram a forma de fazer cinema. Começamos a desvendar a vida de um grande magnata das comunicações, a partir das entrevistas que um repórter faz com todos os que o conheceram, montando um mosaico, até desvendarmos o mistério lançado no momento de sua morte.
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Keeper of the flame (1942)
Um perturbante filme sobre a verdade e o direito de a expor, quando sujeita a questões de poder e de crise social. O tempo é o da II Guerra Mundial e o tema o de um homem idolatrado pelo público, que um jornalista descobre ser, na verdade, um líder fascista.
Ace in a Hole (1951)
Kirk Douglas é um jornalista veterano que já foi despedido de 11 jornais e só arruma emprego num pequeno jornal do Novo México. Escalado para mais uma matéria insignificante, descobre no caminho que um homem está preso numa mina e resolve transformar isso numa grande história nacional, tornando a cobertura num verdadeiro circo, às custas da vítima.
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Todos os Homens do Presidente (1976)
Baseado na história real da investigação que levou à renúncia do presidente Nixon. Dois repórteres do Washington Post - Robert Redford e Dustin Hoffman - investigam a invasão da sede do Partido Democrata durante a campanha presidencial americana em 1972. Uma verdadeira aula de jornalismo e de bom cinema.
Shattered Glass (2003)
Baseado na história real de um jovem e talentoso jornalista de uma renomada revista, que inventava todas as suas matérias, falsificando fontes e dados.
Indicações
Um ótimo acervo de filmes voltados para o Jornalismo e toda a esfera desse mundo bilateral é o Blog Jornalismo no Cinema.
